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Trocas entre educadoras sonhadoras

Sim, nós podemos mudar o mundo!

Bruna Fuentes da Costa, é educadora do ensino público municipal do município de Itirapina, SP, Brasil. É aluna da (trans)formação Escola +Feliz, nível Básico, liderada pela Dra Ivana C. Ribeiro em conjunto com uma comissão científico-pedagógica de professores doutores brasileiros e portugueses.

A Escola +Feliz é, em realidade, um movimento que acredita que a felicidade do educador, quando baseada no autoconhecimento, no burilamento de valores, afeta seus alunos, mesmo que não ensine nada, pois a educa pelo exemplo, sua forma de ser!

Os alunos postam reflexões baseadas no material enviado para estudos, e espera-se que coloquem em prática, tanto no nível individual (internamente), como coletivo (externamente). Os comentários são enviados por uma plataforma online.

coração pintado

Bruna

Sobre o plano individual, deixarei minha resposta as 03 questões que foram feitas:

1. Consigo perceber e concordo muito. Nosso dia-a-dia é permeado por ações e reações que provocam sentimentos e emoções, bem como pensamentos que podem ser bons ou ruins. O exercício que podemos estar fazendo é estarmos em constante modo de observação de tais sentimentos, emoções e pensamentos como se estivéssemos em um “Painel de bordo”, protagonizando ao máximo que podemos, os sentimentos que devemos deixar fluir ou serem interrompidos, as emoções que nos fazem bem ou aquelas que podem nos tirar o controle e equilíbrio mental. Conseguindo controlar o que estamos emanando, podemos então, passar a contagiar o próximo com esses sentimentos e pensamentos bons, emanando boas energias para mim e para o mundo.

Ivana

Percebe isso de verdade?

Pois é perfeito, parece que tem muita clareza e não vejo a hora de ver as próximas tarefas....

Outra coisa, em Educação Ambiental, ensina-se a conhecer (ciência e experiências físicas), respeitar e cuidar do meio ambiente. Mas não ensinamos que, quem começou com isso foi o próprio ser humano (quer dizer, isso é ensinado, mas não a origem do seu comportamento), e não ensinam porque não fazer isso, para além do impacto ambiental!

Ausência de consciência?

Sim, mas consciência não muda valores!

Ausência de valores?

Sim, mas não ensinamos porquê nossos valores são distorcidos. E acreditam que focar na des-graça é sinal de consciência, e não param de falar nosso!

Parei de ir a congressos de Educação Ambiental porque era um balde de agua fria. Quanticamente falando, ao invés de diminuir impactos, por exemplo, colaboravam (sem saber) para mais daquilo (vide “experimento da dupla fenda”, de Thomas Young).

Então não pode olhar para o que não está bom?

Sim, podemos! Mas apenas para nos inspirarmos a fazer alguma coisa, depois não é mais necessário ficar ruminando aquilo. Ou seja, INSPIRAÇÃO e AÇÃO.

Reclamar não muda nada, só piora. Reclamar não é ação, é reação, coisa de reptiliano. Isso vale para tudo, saúde, amor, dinheiro, política, meio ambiente.

Bruna

2. Venho tentando incorporar certas visões aprendidas no curso ao cotidiano de meus alunos e alunas, há um tempo venho usando da metáfora que aprendi lendo vários materiais de meditação, que os pensamentos são meros “lugares” que muitas vezes chegamos lá sem querer, mas devemos estar atentos e observando para que façamos a escolha de permanecer ali ou não. Saber quais os tipos de emoções que tais pensamentos estão me provocando é fácil, temos que treinar o hábito de “sair” daquele “lugar” que não está nos fazendo bem. Uma das queixas que os alunos e alunas fizeram na atividade da árvore dos sonhos foi que gostariam de menos brigas na escola. Em aulas posteriores, venho tentando trazer tais explicações para que eles já levantem determinados a co-criar o dia deles sem briga, já vindo pra escola mentalizando “Hoje eu não vou brigar”, “Hoje eu não vou xingar”, “Hoje eu não vou bater em ninguém”, “Hoje eu vou ser mais gentil”, “Hoje eu vou ajudar mais”, etc.!

Ivana

Sabe Bruna, muitos de vocês, durante a (trans)formação buscaram por conta materiais extras (você buscou leituras sobre meditação), ou me pediram, ou exploraram os próprios materiais extras postados. Isso significa que lá no fundo, dentro de você, já estava pronta e queria avançar e isso está acontecendo com muitos de vocês!​

Mudar o mundo significa mudar a nós mesmos.

Não posso ensinar sobre poluição quando meus pensamentos e sentimentos são de baixa frequência vobracional e até mesmo corrosivos..., minhas atitudes são toxicas e contamino meu corpo com venenos como cigarro, alimentos de baixa frequência vibratória, com agroquímicos, etc.

Mas é bom saber que as coisas estão mudando para melhor!

Há uma busca por expansão da consciência. Decidir que hoje “eu vou falar o bem, sentir o bem, fazer o bem”, e “não vou dar trela para o meu reptiliano”, nem para a “porção mal-educada do meu emocional”, é um passo grandioso que leva a uma felicidade realmente sustentável.

Diferente da Felicidade Hedônica (também necessária) a verdadeira felicidade (Eudaimônica) não tem custo, nem prejuízos à natureza, quiçá para o próprio ser humano!

E é exatamente isso que faz a humanidade evoluir.

Como lembra o físico Peter Russel, esse é nosso próximo passo. Já assistiu ao vídeo Um Buraco Branco no Tempo? Assisti em 2000, quando havia acabado de entrar no doutorado e isso pontilhou minha trajetória na pesquisa científica. Chorei de soluçar, pois sabia que aquele era o meu caminho e eu havia encontrado meus referenciais, não estava só.

Vinte anos atrás...

E tem razão Bruna, precisamos aprender a trabalhar juntos, mas, mais que isso, o ingrediente principal é saber reconhecer o outro como uma parte sua, quanticamente falando, somos todos um, por isso o outro revela suas fraquezas, seus valores distorcidos, o efeito espelho (Jung), lembra? A Ciência é linda, quando podemos juntar as pontas!

Ontem assisti um filme chamado A Chegada (2016, Denis Villeneuve), o qual mostra como somos ainda inferiores e

reptilianos (mais que os personagens extraterrestres, com feições de molusco, calamares).

Bruna

3. Com as mudanças climáticas e alguns absurdos que vêm ocorrendo em âmbito nacional e internacional, a percepção das pessoas me parece estar mudando. Muitas pessoas estão buscando saber mais sobre o vegetarianismo ou veganismo, a preocupação com o uso de plástico, a diminuição do lixo, etc. Tudo isso acontecendo, me faz ter um pouco mais de esperança no ser humano, de que o mundo pode ser melhor e mais equilibrado não só na questão da natureza, mas também em relação a nossa saúde mental.

Tudo está interligado, todos estamos ligados.

Quanto mais pessoas descobrindo novas possibilidades de lidar com seus sentimentos e ações, mais a mãe natureza agradece e as relações sociais melhoram.

Para o plano coletivo, estarei marcando a atividade com as demais parceiras da escola para estarmos realizando juntas. Assim que fizermos, estarei agregando à minha reposta nesta atividade.

Ivana

Sim estão, tudo está interligado! E é um processo energético, um despertar da consciência!

Você disse “Muitas pessoas estão buscando saber mais sobre o vegetarianismo ou veganismo (...)”.  Bruna, percebe que as coisas começam dentro do ser humano? As pessoas se interessam por aquilo que está mais perto dela e as efeta emocionalmente.

Nossa sobrevivência, antes de ser ambiental, é emocional. Estamos vivendo uma crise emocional. Buscamos hoje sobreviver emocionalemente, e isso a base especialmente do consumo.

Jovens fazem coisas super fora do alinhamento com a verdade interna, achando que é normal, pois assim o mundo mostrou (Matrix) para eles que deveria ser.

As músicas de baixa frequência vibratória, o que, juntando a mais uma série de outros comportamentos que envolvem baixa frequência vibratória, é que seguram a humanidade na Matrix.

Tudo que está criado, passou pelo pensamento + sentimento da humanidade. Quanto mais medo e raiva (e isso vem de forma grosseira e também extremamente sutil), mais des-graça.

Sabe sobre isso?

É o caminho para a nossa des-graça e não da graça.

Sim, há um despertar, e percebe-se não só pelo número de pessoas, algumas pela parte ambiental (socioambiental), outra espiritual, mas cada uma é apenas uma parte e precisamos das duas.

Afinal, como diz Dalai Lama, espiritualidade é tudo que traz mudança. Só que vivemos num mundo de exteriores, criamos realidades baseados na crença exterior, hora fixada num eu menor, na nossa sombra (Jung)... Aqui, buscamos o Eu maior.

Bruna

Achei lindo o poema do professor Ruy, muito tocante e traz ainda mais "magia" a essa nossa função de educadores. Acho importante não perdermos essa visão de nossa função. O que liga muito aos vídeos de felicidade sustentável (nosso canal).

Enxergar a felicidade e buscar a leveza de estarmos desempenhando a nossa função da melhor forma possível, se acreditamos que estamos no lugar correto também em nossa profissão.

Ivana

O Professor Ruy (Ruy Cesar do Espirito Santo, comissão científico-pedagógica), sabe muito mais que nós, pois está nesta estrada mágica há muito, muito mais tempo. Ele é a magia, e a poesia também é isso, magia que toca e transforma!

Isso falta aos jovens, falta poesia, em todos os sentidos e eles não sabem disso. Estão presos na Matrix. E é isso que buscamos, de dentro para fora, trnasmitir para eles, entendendo o medo e o outro, a dor e o amor, por exemplo...

E quando você diz... "buscar a leveza de estarmos desempenhando a nossa função da melhor forma possível, se acreditamos que estamos no lugar correto também em nossa profissão".

Leveza, Bruna, é alta frequência vibratória... Cumprir nossa função, neste caso, educar, da melhor forma possível é estamos conectados à Perfeição.

Não somos perfeitos, certo? Mas caminhamos para ela.  Essa perfeição pode ser buscada, dia a dia, em cada pequena coisa que fazemos, e tudo isso começa nas nossas escolhas, como você lembrou, em outras palavras:

No que eu sinto...

No que eu penso...

No que eu falo...

No que eu faço...

E assim, podemos mudar o mundo!

Como dizia um grande Mestre – Segue-me! (Mateus 8:22), sugerindo que deixassem os mortos sepultarem os seus mortos... Ou seja, numa interpretação mais científica, que deixemos para trás o passado e que o passado enterre o passado (lembra como falamos da influência do DNA), Seguir Jesus é entrar no novo. Não tem nada de religião nisso, pois ele não deixou nenhuma, só nos ensinou a nos comportarmos bem... Se tivessemos aprendido, não haveria nenhum tipo de violencia, ou des-graça.

Só assim tiraremos as rédeas da nossa existência das mãos do cérebro reptiliano e a passamos para a nossa consciência e supraconsciência.

Gratidão pela oportunidade Bruna!

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